Sociologia Econômica do capitalismo contemporâneo – 2022/1

Professor: André Dumans Guedes

Linha de Pesquisa: Estado, Mercados e Conflitos

Código da Disciplina:

Ano/Semestre: 2022/1

Dia e horário: 5a feira, 9-12h

Local: Sala 307, Bloco O, Campus do Gragoatá

Ementa:

O curso apresentará ao aluno alguns debates clássicos e contemporâneos, sobretudo na sociologia e antropologia, concernentes ao lugar das práticas e instituições “econômicas” (ou pensadas como tais) no âmbito de mundos e relações “sociais” (ou pensados como tais).

São dois os eixos que perpassam e articulam o curso:

1) Buscaremos levar adiante o esforço de desnaturalização de certos pressupostos do pensamento “liberal” que norteiam concepções e visões do que é o mundo e a sociedade. Somos solidários aqui ao impulso crítico que marcou a obra de Durkheim no seu embate com pensadores utilitaristas, marginalistas e individualistas. Argumentamos, porém, que as iniciativas desse autor e de todos aqueles que seguiram suas pegadas – nessa “via durkheimiana da crítica aos fundamentos do liberalismo” – são necessárias mas não suficientes para levar adiante o ímpeto crítico e as potencialidades criativas daquele esforço de desnaturalização. É nesse sentido que, nesse curso, nos serviremos também de algumas ideias de seu sobrinho, Marcel Mauss, para examinarmos outras tradições intelectuais no âmbito do que chamaremos de “via maussiana da crítica aos fundamentos do liberalismo”.

2) Tais discussões teóricas estarão articuladas à preocupação de ajudar mestrandos e doutorandos, em seus trabalhos específicos de investigação, a identificarem e a fazerem um uso produtivo de determinados conceitos, arcabouços ou insights. Nesse sentido, optamos deliberadamente por uma abordagem no curso que é panorâmica. Explorando debates e questões diversas, é nossa intenção apresentar – também para aqueles alunos cujos objetos de pesquisa não tratam necessariamente de temas “econômicos” – a rentabilidade intelectual e as potencialidades analíticas dos textos e tradições apresentados no curso.

Formas de Avaliação:

1) participação nas discussões em sala de aula;

2) um trabalho final (preferencialmente associada à pesquisa de pós-graduação sendo realizada pelo aluno).

Ao longo do curso e em função de seu desenvolvimento serão apontados, para cada sessão, quais serão as leituras obrigatórias e quais serão as complementares.


Formas de Avaliação:

1) participação nas discussões em sala de aula;

2) um trabalho final (preferencialmente associada à pesquisa de pós-graduação sendo realizada pelo aluno).

Planejamento das aulas:

UNIDADE I: FUNDAMENTOS TEÓRICOS E DISCUSSÕES CLÁSSICAS

AULA 1: Apresentação do curso, do professor e dos alunos 

AULA 2: Críticas aos fundamentos do liberalismo: a “via durkheimiana”

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre sua Natureza e suas Causas, volume 1. “Capítulo 1. A divisão do trabalho” (pp. 65-72). São Paulo: Nova Cultural, Coleção Os Economistas, 1988.

DURKHEIM, Émile. “O problema”; “Capítulos 1”. A Divisão Social do Trabalho. Lisboa: Editorial Presença, 1977.

CANOY, Martin. “Capítulo 1. O Estado e o pensamento político norte-americano” (pp. 19-36, até antes do item “A doutrina liberal”). Estado e Teoria Política. Campinas: Papirus, 1988.

POLANYI, Karl. A Grande Transformação. As Origens de Nossa Época. Capítulo 4, “Sociedades e sistemas econômicos”. Rio de Janeiro: Editora Compus, 2000.

GRANOVETTER, Mark. “Economic action and social structure: the problem of embeddedness”. American Journal of Sociology, 91 (3): 481-510, 1974.

AULA 3: Paixões, interesse e economia na cosmologia ocidental

SAHLINS, Marshall. “A tristeza da doçura ou a antropologia nativa da cosmologia ocidental”. In: Cultura na Prática. RJ: Editora UFRJ, 2004

HIRSCHMAN, Albert. As Paixões e os Interesses: Argumentos Políticos para o Capitalismo antes de seu Triunfo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. (trechos a definir)

TAYLOR, Charles. As Fontes do Self. Capítulo 19, “Iluminismo radical”. São Paulo, Edições Loyola, 1997.

AULAS 4 E 5: Críticas aos fundamentos do liberalismo: a “via maussiana”

MAUSS, Marcel. “Ensaio sobre a dádiva”. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac e Naify, 2003.

TSING, Anna. The Mushrooms at the End of the World. On the Possibility of Life in Capitalist Ruins. “Arts of noticing”; “Contamination as collaboration”. Princeton University Press, 2015.

INGOLD, Tim. “Trazendo as coisas de volta à vida. Emaranhados criativos num mundo de materiais”. Horizontes antropológicos. Porto Alegre, ano 18, n. 37, p. 25-44, jan./jun. 2012.

INGOLD, Tim. “Line and blob” e “Octopuses and anemones”. The Life of Lines. Routledge, 2015.

AULA 6: A invenção de sujeitos e objetos

LATOUR, Bruno. Jamais Fomos Modernos. Capítulo 2, “Constituição” (pp. 19-52); Capítulo 3, “Revolução” (pp. 53-89). São Paulo: Editora 34, 1994.

LATOUR, Bruno. Onde Aterrar? Como se Orientar Politicamente no Antropoceno. Itens 14, 15, 16, 17 e 18 (pp. 79-109). Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

SHAPIN, Steven. The Scientific Revolution. Capítulo 1, “What was known?” (pp. 46-64; itens “The mathematization of qualities”; “The mathematical structure of natural reality”). Chicago and London: The University of Chicago Press, 1996. (dizem que existe uma versão em português)

UNIDADE II – ALGUMAS QUESTÕES DE MÉTODO

AULA 7: Dos macroprocessos, da teoria sociológica, das grandes narrativas, da crítica e indignação – – de tudo isso ao trabalho concreto da pesquisa

PINHEIRO-MACHADO, Rosana e SCALCO, Lucia. “Humanising fascists? Nuance as an anthropological responsibility”. Social Anthropology, volume 29, n. 2, may 2021

KOCH, Insa. “Towards an anthropology of global inequalities and their local manifestations: social anthropology in 2017”. Social Anthropology, volume 26, n.2 may 2018

STEINER, Philippe. “Who is right about the modern economy: Polanyi, Zelizer or both?”. Theory and Society, Vol. 38, No. 1, pp. 97-110, jan. 2009.

WEBER, Max. Capítulo 1, “Confissão religiosa e estratificação social”; Capítulo 2, “O ‘espírito’ do capitalismo” (pp. 22-69). A Ética Protestante e o ‘Espírito’ do Capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

AULA 8. Sociologia crítica e sociologia da crítica

BOURDIEU, Pierre. “O campo econômico”. Política & Sociedade, 6: 15-58, 2005.

BOURDIEU, Pierre. “Marginalia. Algumas notas adicionais sobre o dom”. Mana 2 (2), Out 1996

BOLTANSKI, Luc e CHIAPELLO, Eve. O Novo Espírito do Capitalismo. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.  “Introdução geral: o espírito do capitalismo e o papel da crítica”. (pp. 31-79).

RAUD, Cecile. “Bourdieu e a nova sociologia econômica”. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 19, n. 2, 2007

SWEDBERG, Richard. “Sociologia econômica: hoje e amanhã”. Tempo Social, 16 (2): 7-34.

GUEDES, André Dumans. “Da terra ao território. Notas para uma sociologia da crítica do desenvolvimento”. In: Antonio Carlos de Souza Lima; Jane Felipe Beltrão; Andrea Lobo; Sergio Castilho; Paula Lacerda; Patricia Osório. (Org.). A Antropologia e a Esfera Pública no Brasil. Perspectivas e Prospectivas sobre a Associação Brasileira de Antropologia no seu 60o Aniversário. 1ed.Rio de Janeiro: ABA E-books., 2018, v. 1, p. 197-218.

UNIDADE  III – TEMAS E ESTUDOS EMPÍRICOS

 AULAS 9, 10, 11, 12, 13, 14 e 15

(Há mais sessões previstas do que aulas disponíveis. A definição de quais dentre essas sessões iremos adotar dependerá do desenrolar do curso e do interesse dos alunos)

Trocas, obrigações recíprocas, dívida, dinheiro (I)

ZELIZER, Viviana. Economic Lives. How Culture Shapes Economy. Princeton University Press. “Part Five: Circuits of Commerce”, pp. 13-88, 2011

MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. Capítulo III, “Características Essenciais do Kula”. São Paulo: Ubu Editora, 2018.

GRAEBER, David. Debt. The First 5000 years. Capítulo 5, “A brief treatise on the moral grounds of economic relations” (p. 165-209). Londres: Melville House, 2011. (existe versão em português)

L’ETOILE, Benoit. ‘Dinheiro é bom, mas um amigo é melhor’. Incerteza, Orientação para o futuro e “a economia”’. Ruris, Campinas, SP, v. 12, n. 02, set. 2020.

Trocas, obrigações recíprocas, dívida, dinheiro (II)

GODOI, Rafael. Fluxos em Cadeia. As Prisões de São Paulo na Virada dos Tempos. Capítulo 5, “As exigências da circulação” (p. 185-231). São Paulo: Boitempo, 2017.

FELTRAN, Gabriel. Irmãos. Uma História do PCC. Capítulo 3, “A economia e o PCC” (p. 77-102). São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

WILKIS, Ariel. Las sospechas del dinero: moral y economía en la vida popular. Buenos Aires: Paidós, 2013 (trechos a selecionar).

Neoliberalismo (I) – A teoria

FOUCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica. (1978-1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008. (trechos a definir)

BROWN, Wendy. Nas Ruínas do Neoliberalismo: a Ascensão da Política Antidemocrática no Ocidente. São Paulo. Editora Politéia, 2019. (trechos a definir)

FISHER, Mark. Realismo Capitalista: é Mais Fácil Imaginar o Fim do Mundo do que o Fim do Capitalismo? São Paulo: Autonomia Literária, 2020. (trechos a definir)

LAVAL, Christian; DARDOT, Pierre. A Nova Razão do Mundo: Ensaios sobre a Sociedade Neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.  “Introdução à Edição Inglesa (2014)”. (pp. 13-34).

Neoliberalismo (II) – Os “neoliberalismos realmente existentes”

BRENNER, Neil e THEODORE, Nik. “Cities and the geographies of ‘actually existing neoliberalism’”. Antipode 34, 3 (2002): 356-386.

FEDIRKO, Taras; SAMANANI, Farhan; WILLIAMSON, Hugh. “Grammars of liberalism”. Social Anthropology, volume 29, n.2, may 2021.

ONG, Aihwa. “Neoliberalism as a Mobile Technology”. Transactions of the Institute of British Geographers 32(1), pp. 3-8, 2007.

CESARINO, Letícia. “As ideias voltaram ao lugar?. Temporalidades não lineares no neoliberalismo autoritário brasileiro e sua infraestrutura digital”. Caderno CRH, 34, e021022, 2021.

Colonialismos, plantations, extrativismos e espoliações

HARAWAY, Donna; TSING, Anna; MITTMAN, Gregg. Reflections on the Plantationocene. A conversation with Donna Haraway and Anna Tsing moderated by Gregg Mittman. Madison: Edge Effects Magazine, June 18, 2019.

HARVEY, David. Capítulo 4, “Acumulação por espoliação”. O Novo Imperialismo. São Paulo: Ed. Loyola, 2004.

GILROY, Paul. “O Atlântico Negro como contracultura da modernidade”. O Atlântico Negro. Modernidade e Dupla Consciência. São Paulo: Editora 34, 1993.

SVAMPA, Maristela, Las fronteras del neoextractivismo en America Latina. Conflictos socioambientales, giro ecoterritorial e nuevas dependências. Capítulo 01 e Reflexiones finales. CALAS, Bielefeld University Press, 2019.

Consumo e Consumidores

KOPYTOFF, Igor. “A biografia cultural das coisas: a mercantilização como processo”. In: Appadurai, Arjun (Org.). A Vida Social das Coisas: as Mercadorias sob uma Perspectiva Cultural. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2010. p. 89-123.

FRANÇA, Isadora Lins. “Consumindo lugares, consumindo nos lugares: homossexualidade, consumo e subjetividade na cidade de São Paulo”. Tese de doutorado, Ciências Sociais, Unicamp, 2010 (trechos a selecionar).

CAMPBELL, Colin. A Ética Romântica e o Espírito do Consumismo Moderno. Rio de Janeiro: Rocco, 2001 (capítulos a selecionar)

BAUDRILLARD, Jean. A Sociedade de Consumo. Edições 70: Lisboa, 1995 (capítulos a selecionar)

SAHLINS, Marshall. “La pensée bourgeoise. A sociedade ocidental enquanto cultura”. Cultura e Razão Prática. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

Casas, Mundos Domésticos, Economias do Cuidado

ZELIZER, Viviana. “Dualidades perigosas”. Mana, volume 15, n. 1, 2009.

ARAÚJO SILVA, Marcela Carvalho. “Introdução” (pp. 3-15). Obras, Casas e Contas. Uma Etnografia de Problemas Domésticos de Trabalhadores Urbanos no Rio de Janeiro. Tese de doutorado em Sociologia, IESP/UERJ, 2017.

SORJ, Bila. “Arenas de cuidado nas interseções entre gênero e classe social no Brasil”. Cadernos de Pesquisa v.43 n.149 p.478-491 maio/ago. 2013.

MACHADO, Igor José de Renó. “Reordenações da casa no contexto migratório de Governador Valadares, Brasil”. Etnográfica, fevereiro de 2010, 14(1), 2010.

GUEDES, André Dumans. “Construindo e estabilizando pessoas, casas e cidades”. Mana, volume 23, n.3, 2017.

PETTI, Daniela. “’Perdi minha casa, aqui eu tenho outra vida’: uma etnografia sobre espaços, sujeitos e economias em um condomínio do Programa Minha Casa Minha Vida”. UFRJ, Tese de Doutorado (PPGSA), 2020. (trechos a selecionar)

Autonomias, dependências, hierarquias (I): concepções de liberdade

MAHMOOD, Saba. Politics of Piety. The Islamic Revival and the Feminist Subject. Capítulo 1, “The Subject of Freedom” (pp. 1-38). Stanford: Stanford University, 1998.

DUMONT, Louis. Homo Hierarchicus. The Caste System and its Implications. “Introduction”, pp. 1-19. Chicago: The University of Chicago Press, 1970 (existe versão em português).

TSING, Anna. The Mushrooms at the End of the World. On the Possibility of Life in Capitalist Ruins. “Freedom”. Princeton University Press, 2015.

LAIDLAW, James. “For an anthropology of ethics and freedom”. The Journal of the Royal Anthropologial Institute, vol 8, n.2, junho 2002, pp. 311-332.

VELHO, Otávio. “O cativeiro da Besta Fera”. In: Velho, Otávio. Mais Realistas que o Rei. Ocidentalismo, Religião e Modernidades Alternativas. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007a.

POLANYI, Karl. “On Freedom”. Economy and Society: Selected Writings. London: Polity, 2018.

LINO E SILVA, Moisés; WARDLE, Huon. “ ‘Don’t mess with my fags!’ – said the drug Lord: queer liberation in a Brazilian favela, in M. Lino e Silva e H. Wardle (eds.), Freedom in Practice. Governance, Autonomy and Liberty in the Everyday, pp. 144-163. London: Routledge, 2019.

Autonomias, dependências, hierarquias (II): do negócio próprio ao empreendedorismo

 WOORTMANN, Klaas. “’Com parente não se neguceia’: o campesinato como ordem moral”. Anuário antropológico, vol. 87, 1990,  pp 11-73.

WOODCOCK, Jamie. “O panóptico algorítimo da Deliveroo: mensuração, precariedade e a ilusão do controle”. In: Antunes, Ricardo (organizador). Uberização, Trabalho Digital e Indústria 4.0. São Paulo: Boitempo, 2020.

SILVA, Felipe Evangelista Andrade. Comércio, Mobilidade e Dinheiro. A Busca pela Vida no Plateau Central Haitiano e na Fronteira Dominicana. Capítulo 2, “Através da Fronteira”, pp. 119-173. Tese de Doutorado em Antropologia Social, PPGAS/Museu Nacional, 2019.

GUEDES, André Dumans. “Andança, agitação, luta, autonomia, evolução. Sentidos do movimento e da mobilidade”. Ruris, v. 9, n. 1, 2015.

FREEMAN, Carla. Enterpreneurial Selves: Neoliberal Respectability and the Making of a Caribbean Middle Class. Durham, Duke University Press, 2014 (trechos a selecionar).

Autonomias, dependências, hierarquias (III): pioneirismos

MARQUES, Ana Claudia. “Pioneiros de Mato Grosso e Pernambuco. Novos e velhos capítulos da colonização do Brasil”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 28 n° 83, outubro/2013.

 GUEDES, André Dumans. O Trecho, As Mães e os Papéis. Etnografia de Movimentos e Durações no Norte de Goiás. Capítulo 4, “Corridos e Lidos”, Parte III – Lidos e Corridos no Mundo e na Fronteira (pp. 323-338). Rio de Janeiro: Garamond/Anpocs, 2013.

MELVILLE, Herman. Moby Dick, ou a Baleia. Capítulo 1, “Miragens” (pp. 26-31); Cap. 6, “A rua” (pp. 54-55); Cap. 14, “Nantucket” (pp. 82-83); Cap. 20, “Tudo em atividade” (pp. 114-115); Cap. 24, “O defensor” (pp. 126-129); Cap. 26, “Cavaleiros e escudeiros” (pp. 132-135); Cap. 41, “Moby Dick” (pp. 200-210). São Paulo: Cosac Naify, 2008.

CONRAD, Joseph. O Coração das Trevas (as 10 páginas iniciais). São Paulo: Companhia das Letras, 2008 [1902].

Autonomias, dependências, hierarquias (IV): revolta, vergonha, nojo e humilhação no trabalho e nas relações entre as classes sociais

THOMPSON, Edward Palmer. “A economia moral da multidão inglesa no século XVIII”. In: Thompson, E.P. Costumes em Comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

BOURDIEU, Pierre. “The Sentiment of Honour in Kabyle Society”. In: J. G. Peristiany (org.), Honour and Shame. The Values of Mediterranean Society. Chicago: The University of Chicago Press. pp. 191-241, 1974

GRAEBER, David. Debt. The First 5000 years. Capítulo 7, “Honor and degradation, or on the foundations of contemporary civilization”. (p. 165-209). Londres: Melville House, 2011. (existe versão em português)

RUI, Taniele. “Nojo, humilhação e vergonha no cotidiano de usuários de crack em situação de rua”. Anuário Antropológico, 2021/v.46, n.3.

Autonomias, dependências, hierarquias (V): ajudas, assistências, políticas sociais (e rendas básicas e auxílios emergenciais)

MARTIN, Keir; YANAGISAKO, Sylvia. “States of dependence: Introduction”. Social Anthropology, volume 28, n 3, august 2020.

FERGUSON, James. “Declarations of dependence: labour, personhood, and welfare in southern Africa”. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.) 19, 223-242.

FRASER, Nancy and GORDON, Linda. “A Genealogy of Dependency: Tracing a Keyword of the U.S. Welfare State”.  Signs, 19, pp. 309-36, 1994. .

EGER, Talita Jabs; DAMO, Arlei Sander; SCHABBACH, Letícia Maria. “Entre ‘pobres’ e ‘vulneráveis’: a fluidez das categorias de intervenção no processo de implementação do Programa Bolsa Família a partir de uma etnografia junto a assistentes sociais”. Revista Brasileira de Sociologia, vol. 7, n. 15, pp. 53-80, 2019.

Translate »
Skip to content