LINHAS DE PESQUISA

Linha 1. Artes, culturas e rituais contemporâneos

A linha propõe análises sociológicas com ênfase na dimensão cultural dos fenômenos estudados. A linha concentra a sua investigação sobre os diversos mundos da arte, das ideias, do conhecimento e da religião – com particular atenção nas dimensões de organização social e coletiva: divisão social do trabalho, produção, distribuição, mercados, redes, cenas, comercialização, circulação, relações com os setores público e privado, mecenato, processos criativos, públicos, críticos. Nos mundos da arte especificamente, interessam as diversas formas expressivas: artes plásticas, literatura, música, fotografia, moda, arte urbana, indústrias culturais (gravadoras, distribuidoras, provedores, plataformas digitais, cinema, televisão, música popular). Interessam também, de forma ampla: o estudo das trajetórias dos diversos agentes; os significados sociais, culturais, políticos e estéticos atribuídos aos objetos e fenômenos estudados; os seus agenciamentos com memória, tradições, convenções, valores, costumes; os processos de patrimonialização e ritualização, e seus efeitos nas formas e manifestações coletivas das ideias e do conhecimento.

Linha 2. Estado, mercados e conflitos.

A linha concentra investigações sobre ações e instituições concebidas como estatais e políticas, além de processos e relações de poder num sentido mais amplo, assim como envolve investigações sobre mercados e suas respectivas relações (econômicas, políticas, sociais e culturais) tanto nos âmbitos do legal e ilegal, como também de suas vinculações as deferentes estratégias para o desenvolvimento no contexto do capitalismo e neoliberalismo na contemporaneidade. Estimula a reflexão sobre representações sociais, práticas, agentes e diferentes estratégias para o desenvolvimento e conflito que dão sentido social aos processos sócio-políticos, estatais e econômicos. Foca a diversidade e a complexidade dos processos de constituição e consolidação do Estado, da política e da economia (mercado) e seus efeitos sobre a produção das formas de intercâmbio, circulações e modalidades de violência contemporâneas.

Linha 3. Desigualdades, diferenças e tecnologias digitais.

Por diferentes prismas e metodologias, essa linha de pesquisa abriga e promove estudos teóricos e empíricos sobre três eixos centrais da vida social contemporânea, a saber : desigualdades, diferenças e tecnologias digitais. O estudo das desigualdades se dá a partir da investigação das desvantagens acumuladas, duradouras, multidimensionais presentes nas relações entre indivíduos, organizações e grupos. Neste eixo, privilegiam-se as análises sobre as causas, discursos de legitimação, contextos institucionais e mecanismos de produção e reprodução social das desigualdades de oportunidades e de resultados; a relação entre discriminação e desigualdades, a intersecção entre desigualdades categóricas, além das formas, linguagens, políticas e agências de enfrentamento das desigualdades. No escopo dos estudos sobre as desigualdades, compreende-se ainda a conceituação das múltiplas formas de opressão e exploração sistêmicas, geradoras e reprodutoras de marcadores sociais da diferença. Sendo a diferença – o segundo eixo – um conceito que compreende as variadas formas de estar no mundo, os singulares modos de existir – experimentos de vida coletiva fora do prisma institucionalizado pelos padrões impostos – que apostam na multiplicidade, no lugar da unidade aparente; o princípio da diferença não nega as semelhanças, porém, deixa maior espaço para as singularidades. Os estudos sociológicos sobre a diferença entendem o social como algo múltiplo, variável e singular. Ademais, esses estudos buscam identificar as tensões entre desigualdades e diferenças, críticos especialmente às chamadas “ciladas das diferenças”. Esta linha também se dedica à reflexão sobre configuração de socialidades, modos de subjetivação e relações de poder tendo em vista as tecnologias digitais como, simultaneamente, um produto social e um ator em redes sociotécnicas. Por fim, busca compreender o impacto da produção e do armazenamento de grandes volumes de dados – big data – em diferentes esferas sociais, bem como na circulação e recepção do conhecimento científico e das ideias.

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