LINHAS DE PESQUISA

Linha 1. Artes, culturas e rituais contemporâneos

A linha propõe análises sociológicas com ênfase na dimensão cultural dos fenômenos estudados. A linha concentra a sua investigação sobre os diversos mundos da arte, das ideias, do conhecimento e da religião – com particular atenção nas dimensões de organização social e coletiva: divisão social do trabalho, produção, distribuição, mercados, redes, cenas, comercialização, circulação, relações com os setores público e privado, mecenato, processos criativos, públicos, críticos. Nos mundos da arte especificamente, interessam as diversas formas expressivas: artes plásticas, literatura, música, fotografia, moda, arte urbana, indústrias culturais (gravadoras, distribuidoras, provedores, plataformas digitais, cinema, televisão, música popular). Interessam também, de forma ampla: o estudo das trajetórias dos diversos agentes; os significados sociais, culturais, políticos e estéticos atribuídos aos objetos e fenômenos estudados; os seus agenciamentos com memória, tradições, convenções, valores, costumes; os processos de patrimonialização e ritualização, e seus efeitos nas formas e manifestações coletivas das ideias e do conhecimento.

Professores vinculados: Christina Vital, Joana Darc Fernandes Ferraz, Jorge de La Barre, Luis Carlos Fridman

Linha 2. Estado, mercados e conflitos.

A linha concentra investigações sobre ações e instituições concebidas como estatais e políticas, além de processos e relações de poder num sentido mais amplo, assim como envolve investigações sobre mercados e suas respectivas relações (econômicas, políticas, sociais e culturais) tanto nos âmbitos do legal e ilegal, como também de suas vinculações as deferentes estratégias para o desenvolvimento no contexto do capitalismo e neoliberalismo na contemporaneidade. Estimula a reflexão sobre representações sociais, práticas, agentes e diferentes estratégias para o desenvolvimento e conflito que dão sentido social aos processos sócio-políticos, estatais e econômicos. Foca a diversidade e a complexidade dos processos de constituição e consolidação do Estado, da política e da economia (mercado) e seus efeitos sobre a produção das formas de intercâmbio, circulações e modalidades de violência contemporâneas.

Professores vinculados: Alessandro André Leme, André Dumans Guedes, Carolina Christoph Grillo, Cristiano Fonseca Monteiro, Daniel Hirata, Juliana Vinuto, Marcos Otavio Bezerra, Raphael Jonathas da Costa Lima, Valter Lucio de Oliveira

Linha 3. Desigualdades, diferenças e tecnologias digitais.

Por diferentes prismas e metodologias, essa linha de pesquisa abriga e promove estudos teóricos e empíricos sobre três eixos centrais da vida social contemporânea, a saber : desigualdades, diferenças e tecnologias digitais. O estudo das desigualdades se dá a partir da investigação das desvantagens acumuladas, duradouras, multidimensionais presentes nas relações entre indivíduos, organizações e grupos. Neste eixo, privilegiam-se as análises sobre as causas, discursos de legitimação, contextos institucionais e mecanismos de produção e reprodução social das desigualdades de oportunidades e de resultados; a relação entre discriminação e desigualdades, a intersecção entre desigualdades categóricas, além das formas, linguagens, políticas e agências de enfrentamento das desigualdades. No escopo dos estudos sobre as desigualdades, compreende-se ainda a conceituação das múltiplas formas de opressão e exploração sistêmicas, geradoras e reprodutoras de marcadores sociais da diferença. Sendo a diferença – o segundo eixo – um conceito que compreende as variadas formas de estar no mundo, os singulares modos de existir – experimentos de vida coletiva fora do prisma institucionalizado pelos padrões impostos – que apostam na multiplicidade, no lugar da unidade aparente; o princípio da diferença não nega as semelhanças, porém, deixa maior espaço para as singularidades. Os estudos sociológicos sobre a diferença entendem o social como algo múltiplo, variável e singular. Ademais, esses estudos buscam identificar as tensões entre desigualdades e diferenças, críticos especialmente às chamadas “ciladas das diferenças”. Esta linha também se dedica à reflexão sobre configuração de socialidades, modos de subjetivação e relações de poder tendo em vista as tecnologias digitais como, simultaneamente, um produto social e um ator em redes sociotécnicas. Por fim, busca compreender o impacto da produção e do armazenamento de grandes volumes de dados – big data – em diferentes esferas sociais, bem como na circulação e recepção do conhecimento científico e das ideias.

Professores vinculados: André de Holanda Padilha Vieira, Carolina Zuccarelli, Flavia Mateus Rios, Jair de Souza Ramos, Lucas Correia Carvalho, Joana Darc Fernandes Ferraz, Raquel Guilherme de Lima, Verônica Toste Daflon

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