Ementa: O curso apresentará as principais contribuições teóricas, epistemológicas e metodológicas da Sociologia Clássica. Nos debruçaremos sobre o que é teoria sociológica e qual o lugar dos clássicos na configuração de um estoque de conceitos e categorias para as ciências sociais e na construção e sustentação de uma comunidade de pesquisadores, discutindo as forças históricas que modelaram o cânone sociológico. A partir da leitura e discussão das obras de autores e autoras canônicos e não canônicos do século XIX, exploraremos alguns dos temas clássicos da sociologia, como capitalismo, modernidade, racionalização, secularização, burocracia, individualização, industrialização, classes sociais e revoluções, mas também temas que costumam ficar de fora da órbita da sociologia clássica, como colonização, escravidão, família, matrimônio, divisão sexual do trabalho e formação da esfera pública.

Objetivos: Entender proposições, argumentos, métodos e enfoques analíticos de autores clássicos da sociologia. Discutir de forma crítica e produtiva o lugar dos clássicos na sociologia, conhecendo a história da formação do cânone sociológico e da institucionalização da sociologia e as atuais controvérsias. Conectar o clássico e o contemporâneo e, a partir da discussão sobre a sociologia clássica, construir uma base para a compreensão da organização da sociologia no presente. Entender o que é teoria e qual a sua relação com a pesquisa e a pesquisa empírica. Saber vincular o ensino de autores clássicos a objetivos didáticos. Olhar para autores e autoras além do cânone, lidando com fontes intelectuais esquecidas a fim de resolver problemas teóricos e aprimorar teorias atuais.

Ementa: O curso se propõe a discutir algumas das principais correntes teóricas da sociologia contemporânea, procurando estabelecer aproximações e realçar divergências entre autores que já podem ser classificados como “clássicos contemporâneos”. A proposta é explorar os debates apresentados por esses autores para a reflexão sobre a modernidade, o capitalismo e suas instituições.

Objetivos: Espera-se que os alunos dominem os principais conceitos sociológicos apresentados ao longo da disciplina e como estes vêm sendo colocados pelo debate sociológico contemporâneo. Além disso, espera-se que aos alunos recorram às opções teórico-metodológicas apresentadas pelo curso como forma de subsidiar a reflexão e a análise nos trabalhos de conclusão.

Ementa: Esta disciplina tem por objetivo a socialização, compartilhamento e leitura crítica dos projetos de pesquisa, elaborados pelos estudantes de doutorado. Os projetos devem apresentar, resumo, abstract, palavras-chaves, introdução, revisão de literatura especializada, problema de pesquisa, objetivo geral, objetivos específicos, metodologia detalhada, cronograma e bibliografia consultada.

Estrutura: A cada semana um estudante deverá encaminhar seu projeto de pesquisa completo para toda a turma. A turma deverá ler o projeto antecipadamente para realizar seus comentários durante a aula. Na dinâmica da aula, espera-se que o estudante do projeto em análise faça uma breve exposição sobre seu tema de pesquisa. Na sequência, cada estudante deve fazer comentários e perguntas para o estudante. Em seguida, o professor responsável pela disciplina deve fazer um balanço dos comentários e realizar as suas próprias contribuições, sugestões e referências bibliográficas. No encerramento, o estudante terá novamente a fala para dialogar com as críticas e fazer seus comentários finais.

Ementa: Os anos 60 e as mudanças nas mais amplas esferas da vida social. A radicalização político-existencial e as feições dessas aspirações. A contracultura e a variedade de manifestações estéticas que expressavam os desejos de mudança. A música popular, em especial o cenário musical do rock, como campo destacado dessa expressividade. As fontes da revolução da linguagem musical, com a análise das obra de artistas e grupos que marcaram decisivamente a década. A discussão sobre a música “séria” e a música “ligeira” no quadro do fetichismo das mercadorias. A aproximação sociológica desses eventos, suas linhas de continuidade e ruptura.

Objetivos: O curso tem como objetivo aproximar os estudantes dos acontecimentos ocorridos na década de 1960 e suas implicações sociológicas. Busca aprofundar a reflexão acerca da relação entre a movimentação política do período com a intensa criatividade artística, com destaque para o universo da música popular. Assim, nesse resgate histórico, perceber dinâmicas societárias que tiveram repercussão nas décadas seguintes e o lugar da arte na mudança social.

Ementa: O curso tem como foco discutir como as diferentes tradições religiosas constituem e atravessam o que se convencionou chamar de cultura brasileira. Neste sentido, observaremos, a partir de uma bibliografia diversa, como os símbolos que expressam o ethos de variados grupos sociais, a gramática que articulam no cotidiano e em ocasiões solenes, seus rituais e datas comemorativas estão orientados por uma perspectiva religiosa, ainda que difusa. O período privilegiado de análise será o final do século XX e início do XXI quando foi possível observar o crescimento de evangélicos pentecostais e carismáticos católicos, seja a partir de dados estatísticos, seja da maior visibilidade social que passaram a dispor (em razão, principalmente, da presença na mídia eletrônica, na política institucional e em megaeventos por eles produzidos). Buscaremos, assim, refletir sobre como o crescimento destes segmentos religiosos vem afetando o campo político contribuindo para disputas em torno da afirmação/negação da religião no espaço público e do lugar do Espírito Santo, de Jesus, do avivamento, da ideia de comunidade, etc. na cultura brasileira. O surgimento/percepção de conflitos religiosos cada vez mais intensos e numerosos será, ainda, abordada como alguns dos corolários do crescimento destes segmentos religiosos no Brasil.

Objetivos: As perguntas que motivam este curso são: 1) A partir de quais símbolos e gramáticas se apresenta esta presença religiosa 2) e quais são os impactos observados desta presença no conjunto de percepções e na prática cotidiana do brasileiro? Abordagem específica: O multiculturalismo (ou pluralismo cultural) e as religiões no Brasil; multiculturalismo e as religiões afro-brasileiras no espaço público e na política; configurações a partir do avanço do multiculturalismo: na política, em manifestações culturais-artístico-religiosas, em debates sobre democracia e liberdade religiosa; os marcos do multiculturalismo no Brasil: Constituição de 1988; adesão religiosa como noção fundamental no cristianismo, no mundo ocidental moderno; adesão e consciência, unidade moral – o indivíduo; Individual –saúde – consciência como salvação. Espera-se que os alunos dominem as principais discussões em torno de noções de religião no âmbito da sociologia e antropologia com vistas a refletirem sobre as composições situadas entre religiões, Estado, política, cultura e economia. De forma complementar, espera-se que eles avaliem criticamente as escolhas teórico-metodológicas nas quais estão ancoradas as diferentes abordagens propostas na disciplina. Através de uma avaliação atenta, poderão repensar, quando for o caso, suas escolhas nos processos de produção de dissertações e teses.

Ementa: O curso está voltado para a apresentação de reflexões surgidas e conduzidas nas ciências sociais sobre a arte como vida social, enfocando proposições, conceitos, perguntas, enganos e percursos de pesquisa que vêm contribuindo para a conformação do conjunto de preocupações e debates da chamada Sociologia da Arte. Por meio dessa apresentação, pretende-se estimular a construção de questões e recortes sobre a arte que permitam constituí-la como objeto de pesquisa.

Objetivos: Com o curso espera-se que os alunos concebam a arte como vida social. Para tanto, serão levados a operar com conceitos que a Sociologia da Arte formulou e constantemente reelabora, como campo artístico, mundo artístico e sistema da arte, controlando portanto parte importante da literatura da disciplina. Por meio do curso busca-se também que os alunos conheçam formas de pesquisar a arte como vida social, tomando conhecimento de pesquisas e capacitando-se para construir questões sociológicas que os aproximem cientificamente dos objetos da Sociologia da Arte.

Em breve.

Ementa: O objetivo principal deste curso é refletir sobre estudos inscritos na tradição das ciências sociais que, sob perspectivas teóricas e empíricas diversas, propõem refletir sobre sistemas de práticas e de representações identificadas como corrupção. Não é difícil constatar a centralidade que o tema ganhou na sociedade brasileira nas últimas décadas. Isso é facilmente observável nas disputas políticas nacionais e nos bate-papos cotidianos. Nota-se que a corrupção foi transformada em uma categoria capaz de dar inteligibilidade a um leque amplo de práticas que envolvem agentes públicos, econômicos e pessoas comuns. Essa amplitude do significado do termo ajuda, em grande medida, a explicar a sua eficácia como instrumento de crítica e de condenação moral. A partir desse quadro, propomos examinar o tema a partir de algumas questões: O que é a corrupção? Como pensar as práticas assim designadas considerando as variações históricas e contextuais de seus significados? Qual a relação da corrupção com práticas e valores mais amplos da sociedade? Qual a relação da corrupção com as práticas ordinárias de funcionamento da política e do Estado? Como pensar a corrupção como produto da própria lei? Quais são os efeitos da corrupção e das ações visando seu controle? Como a corrupção é mobilizada como forma de crítica social? Quais as relações da corrupção com a gênese e a desconstrução do Estado?

Objetivos: Ao término da disciplina o/a estudante deve ser capaz de conhecer o desenvolvimento histórico das abordagens teóricas e metodológicas sobre o tema da corrupção e mapear o debate e as questões que informam os estudos contemporâneos sobre o tema. O domínio da literatura, por sua vez, deve favorecer a elaboração de novas investigações empíricas sobre as representações e práticas de corrupção no Brasil e habilitar o/a estudante a intervir de modo qualificado nos debates e políticas públicas sobre o tema.

Ementa: A disciplina pretende oferecer um amplo panorama de compreensão da maneira pela qual os mercados ditos informais, ilegais e ilícitos são tratados na literatura especializada. A ênfase da disciplina seráexplorar detalhadamente os estudos que tematizaram tais práticas econômicas ordinárias, assim como suas relações com o poder, notadamente a complexa articulação com leis e normas sociais. A disciplina se organiza em três blocos. A primeira parte buscará apresentar algumas das abordagem clássicas da relação entre economia e política, buscando compreender as intricadas relações entre uso da coerção e dos recursos econômicos na construção de repertórios de ação em redes mercantis e políticas. Em seguida, o segundo bloco buscará trabalhar mais especificamente a construção das leis, normas e regras de mercado e trabalho em suas inscrições no ordenamento estatal que definem posições de legalidade/ilegalidade, formalidade/informalidade e ilicitude/licitude. A segunda parte procura rastrear a maneira pela qual os mercados informais, ilegais e ilícitos emergiram como questão econômica e como problema frente a normatividade estatal no mesmo momento e em diferentes localizações geográficas, também como foram tratados concretamente em pesquisas clássicas que conformaram o campo específico deste debate nas ciências sociais. Por fim, a terceira e última parte vai buscar apontar as transformações contemporâneas sobre informalidade quando da globalização dos mercados, sua transposição de um debate sobre regulações do direito do trabalho para o direito comercial, assim como os caminhos seguidos pelas pesquisas mais recentes nesta direção.

Objetivos: O objetivo é oferecer uma disciplina que forneça aos discentes o entendimento dos conceitos e teorias clássicas e contemporâneas relativos aos entendimento dos mercados ilegais, informais e ilícitos.

Ementa: Abordar os temas clássicos e contemporâneos da sociologia rural de maneira que sejam mapeadas algumas de suas principais tradições intelectuais. Destacar às transformações produzidas na relação rural e urbano e nos processos de desenvolvimento rural experimentados pelo Brasil. A partir de pesquisas e debates recentes refletir acerca das transformações nas relações sociais e na forma de compreender o rural considerando, particularmente, a sua diversidade social e a emergência de novas ruralidades. Também serão analisadas as características dos movimentos sociais e as múltiplas formas de resistência que são promovidas pelos diversos atores sociais do campo.

Objetivos: Espera-se que os discentes tenham condições de mapear algumas das principais correntes teóricas da sociologia rural acerca dos seguintes temas: relação rural x urbano; processos desencadeados pelo desenvolvimento do capitalismo na agricultura e no meio rural; identificação e caracterização dos diversos atores do mundo rural; lutas e movimentos sociais do campo; estratégias de resistência e de reprodução social da agricultura familiar. Espera-se também que possam reconhecer, em termos analíticos, determinadas imbricações entre temas rurais e ambientais.

Ementa: Apresentar os principais conceitos e temas da Sociologia Econômica, seu papel no desenvolvimento da Sociologia clássica e sua “retomada” no contexto da globalização econômica. Discutir as diferentes abordagens do campo (redes, cultura e político-institucional), buscando a compreensão das transformações do capitalismo contemporâneo, com especial ênfase nos trabalhos sobre neoliberalismo, abordando o fenômeno tanto de um ponto de vista moral-normativo, quanto do ponto de vista da economia política.

Objetivos: Espera-se que os alunos dominem os principais conceitos e as disputas existentes em torno deles, começando pelo conceito de embeddedness, passando pela relação entre Estado e mercado e, como destacado, pelo debate contemporâneo sobre o neoliberalismo. De forma complementar, espera-se que os alunos também avaliem criticamente as escolhas teórico-metodológicas nas quais estão ancoradas as diferentes abordagens, o que deve subsidiar a reflexão sobre as escolhas a ser realizadas nos trabalhos de conclusão dos alunos interessados no tema.

Ementa: Analisar os processos de mudança social e desenvolvimento por meio do debate com as abordagens e Teorias sobre o atraso: subdesenvolvimento, trocas desiguais e dependência. O paradigma da Modernidade e o processo de modernização. Planos de Desenvolvimento e o Estado. Reflexão crítica sobre o desenvolvimento: desigualdades sociais, migrações. A relação entre o desenvolvimento local, nacional e o contexto global. Desenvolvimento em sua dimensão ética e política. Sustentabilidade e bem estar. A questão dos indicadores.

Objetivos: Fornecer referências teóricas e metodológicas para o entendimento da ideia de desenvolvimento, a partir das relações entre sociologia, economia, política e cultura. Refletir sobre as tradições de pensamento sobre o desenvolvimento e os processos de modernização capitalista por meio de temas como subdesenvolvimento, dependência, formação dos estados nacionais, estrutura de classes e capitalismo periférico. Problematizar a sociologia do desenvolvimento frente aos temas e questões contemporâneas.

Em breve.

Em breve.

Em breve.

Uma premissa básica atravessa o campo multidisciplinar dos estudos de gênero: a ideia de que o gênero é uma construção social. Esse curso, em particular, se propõe a pensar como essa construção se processa. Para tanto, discute literatura das Ciências Sociais que viabiliza a investigação deste “como”, evitando armadilhas analíticas voluntaristas – focadas em perspectivas demasiadamente individualistas e/ou psíquicas – ou armadilhas analíticas quase metafísicas – focadas em argumentos funcionalistas, metafórico-abstratos e/ou fincados em perspectivas estruturais estáticas do social. Para cumprir com a tarefa proposta, a disciplina abrange uma bibliografia que passeia pela sociologia histórica, pela sociologia das organizações e pela sociologia das relações de gênero. Os textos selecionados possuem, em comum, a tarefa de examinar a construção social do gênero sem perder de vista processos concretos e historicamente observáveis. Espera-se que as autora/es aqui estudadas/os nos permitam explorar como o gênero é construído através de práticas e dinâmicas relacionais que acontecem em instituições e organizações reais.