LINHAS DE PESQUISA
Linha 1. Desenvolvimento, modos de vida e ação coletiva.
Essa linha reúne investigações sobre transações e estruturas econômicas, mercados e projetos de desenvolvimento, assim como sobre os eventos e relações sociais que constituem e são constituídos por esses empreendimentos e iniciativas; e também investigações sobre formas de ação coletiva e modos de vida orientados por valores, interesses e projetos das mais diversas ordens – com especial destaque para as formas de resistência enfrentadas por comunidades e grupos subalternos, para a ação política no âmbito do Estado e suas margens e para as práticas que manifestam expressões culturais e criativas vinculadas aos mundos da arte. Nessa linha interessam estudos focados em mercados de trabalho, ramos industriais e cadeias produtivas específicas; nas articulações entre representações, teorias, o pensamento social e o desenvolvimento; na pluralidade de modos de vida e resistência em contextos urbanos, rurais e socioambientais; nos patrimônios, memórias, tradições, ritos e significados articulados a essas formas de ação e modos de vida.
Professores vinculados: Alessandro André Leme, André Dumans Guedes, Cristiano Fonseca Monteiro, Jorge de La Barre, Marcos Otavio Bezerra, Raphael Jonathas da Costa Lima, Valter Lucio de Oliveira.
Linha 2. Estado, conflitos e violências.
A linha concentra investigações sobre ações e instituições concebidas como estatais e políticas, além de processos e relações de poder num sentido mais amplo, assim como envolve investigações sobre mercados e suas respectivas relações (econômicas, políticas, sociais e culturais) tanto nos âmbitos do legal e ilegal, como também de suas vinculações as deferentes estratégias para o desenvolvimento no contexto do capitalismo e neoliberalismo na contemporaneidade. Estimula a reflexão sobre representações sociais, práticas, agentes e diferentes estratégias para o desenvolvimento e conflito que dão sentido social aos processos sócio-políticos, estatais e econômicos. Foca a diversidade e a complexidade dos processos de constituição e consolidação do Estado, da política e da economia (mercado) e seus efeitos sobre a produção das formas de intercâmbio, circulações e modalidades de violência contemporâneas.
Professores vinculados: Carolina Christoph Grillo, Christina Vital, Daniel Hirata, Joana D”Arc Fernandes Ferraz, Juliana Vinuto.
Linha 3. Desigualdades, diferenças e tecnologias digitais.
Por diferentes prismas e metodologias, essa linha de pesquisa abriga e promove estudos teóricos e empíricos sobre três eixos centrais da vida social contemporânea, a saber : desigualdades, diferenças e tecnologias digitais. O estudo das desigualdades se dá a partir da investigação das desvantagens acumuladas, duradouras, multidimensionais presentes nas relações entre indivíduos, organizações e grupos. Neste eixo, privilegiam-se as análises sobre as causas, discursos de legitimação, contextos institucionais e mecanismos de produção e reprodução social das desigualdades de oportunidades e de resultados; a relação entre discriminação e desigualdades, a intersecção entre desigualdades categóricas, além das formas, linguagens, políticas e agências de enfrentamento das desigualdades. No escopo dos estudos sobre as desigualdades, compreende-se ainda a conceituação das múltiplas formas de opressão e exploração sistêmicas, geradoras e reprodutoras de marcadores sociais da diferença. Sendo a diferença – o segundo eixo – um conceito que compreende as variadas formas de estar no mundo, os singulares modos de existir – experimentos de vida coletiva fora do prisma institucionalizado pelos padrões impostos – que apostam na multiplicidade, no lugar da unidade aparente; o princípio da diferença não nega as semelhanças, porém, deixa maior espaço para as singularidades. Os estudos sociológicos sobre a diferença entendem o social como algo múltiplo, variável e singular. Ademais, esses estudos buscam identificar as tensões entre desigualdades e diferenças, críticos especialmente às chamadas “ciladas das diferenças”. Esta linha também se dedica à reflexão sobre configuração de socialidades, modos de subjetivação e relações de poder tendo em vista as tecnologias digitais como, simultaneamente, um produto social e um ator em redes sociotécnicas. Por fim, busca compreender o impacto da produção e do armazenamento de grandes volumes de dados – big data – em diferentes esferas sociais, bem como na circulação e recepção do conhecimento científico e das ideias.
Professores vinculados: André de Holanda Padilha Vieira, Carolina Zuccarelli, Flavia Mateus Rios, Jair de Souza Ramos, Lucas Correia Carvalho, Raquel Guilherme de Lima, Verônica Toste Daflon