Música e sociedade

Nome da Disciplina: Tópicos especiais III: Música e sociedade
Professor: Jorge de La Barre
Linha de Pesquisa: Artes, culturas e rituais contemporâneos
Código da Disciplina: EGH10503
Ano/Semestre: 2024/2
Dia e horário: Quinta-feira, 9-13hrs
Local: Sala 307 – Bloco O

Ementa: A música e as sonoridades como objeto da sociologia e de outras disciplinas. Principais perspectivas e tendências teóricas. Música e sociologia do gosto. Contextos sociais de produção, circulação, consumo e fruição da música. Paisagens sonoras, sonoridades, identidades e estilos de vida.

Formas de Avaliação: Apresentação em seminários e trabalho final

Planejamento das aulas:
Sessão 1 (3 out.): Apresentação do curso
A especificidade da música e das sonoridades como objeto sociológico; Sociologia da música. Especificidade e relação com outras disciplinas (etnomusicologia, antropologia da música, musicologia, história, etc.); Música, indústria cultural e economia simbólica; Sociologia do gosto e recepção; Paisagens sonoras, estilos de vida e identidades; Sonoridades e conhecimento da
vida social.

Sessão 2 (10 out.): Sonoridades
MENDONÇA, Luciana Moura. “Sonoridades e cidade”. in Carlos Fortuna e Rogério Proença Leite (org.), Plural de cidade: Novos léxicos urbanos, 2009.
RUSSOLO, Luigi. A arte dos ruídos. Manifesto futurista, 1913.
SCHAFER, Raymond Murray. “Introdução”. A afinação do mundo. São Paulo: UNESP, 1997 (1977).

Sessão 3 (17 out.): Música e sociologia
BACK, Les. “O que os sociólogos aprendem com a música? Vidas musicais ocultas e a arte de entender a sociedade”. El Oído Pensante, v. 9, n. 1, 2021, p. 181-208.
BECKER, Howard. “Uma carreira como sociólogo da música”, Contemporânea, v. 1, n. 3, 2013, p. 131-141.
WEBER, Max. Os Fundamentos racionais e sociológicos da música. São Paulo: EDUSP, 1995, p. 48-130.

Sessão 4 (24 out.): Música e cidade
LEITE, Rogério Proença. “Contra-usos e espaço público: notas sobre a construção social dos lugares na Manguetown”, RBCS, v. 17, n. 49, jun. 2002.
PRYSTHON, Angela. “Um conto de três cidades: musica e sensibilidades culturais urbanas”, ECompós, v. 11, n. 1, 2008.
ROSA, Hartmut. “Prefácio à edição brasileira”. Aceleração. A transformação das estruturas temporais na modernidade. São Paulo: UNESP, 2019.
SIMMEL, Georg. “As grandes cidades e a vida do espírito (1903)”. Mana, v. 11, n. 2, 2005, p. 577-591.

Sessão 5 (31 out.): Música e reprodutibilidade técnica
BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”. In: Walter Benjamin. Obras Escolhidas, vol. I (Magia e Técnica, Arte e Política). São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 165-196 (1936, 1955).
HOBSBAWM Eric J. “O artista se torna pop. Nossa cultura em explosão”. Tempos fraturados. Cultura e sociedade no século XX. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2012 (1964).
ROSS, Alex. “Máquinas infernais: Como as gravações mudaram a música”. Escuta Só. Do Clássico ao Pop. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2010.
SILVEIRA, Sérgio Amadeu. “A música na época de sua reprodutibilidade digital”. In: Irineu Franco Perpetuo; Sergio Amadeu Silveira (orgs.). O futuro da música depois da morte do CD. São Paulo: Momento Editorial, 2009, p. 27-48.

Sessão 6 (7 nov.): A sociologia da música de Theodor Adorno
ADORNO, Theodor W. “O fetichismo na música e a regressão da audição” in W. Benjamin, M. Horkheimer, T.W. Adorno e J. Habermas, Textos escolhidos. 2a. ed., São Paulo: Abril, Col. “Os pensadores”, 1983, p. 165-191.
ADORNO, Theodor W. “Ideias para a sociologia da música” in W. Benjamin, M. Horkheimer, T.W. Adorno e J. Habermas, Textos escolhidos. 2a. ed., São Paulo: Abril, Col. “Os pensadores”, 1983, p.259-268.
ADORNO, Theodor W. “Sobre a música popular” in Cohn, Gabriel (org.) Theodore W. Adorno, São Paulo: Ática, Col. “Grandes Cientistas Socias”, 1994, p. 115-146. ADORNO, T. W. e HORKHEIMER, M. “A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas” in: A dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985, p. 113-156.

ADORNO, T. W. e HORKHEIMER, M. “A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas” in: A dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985, p. 113-156.

Sessão 7 (14 nov.): Uma perspectiva brasileira
CARVALHO, José Jorge de. “Transformações da sensibilidade musical contemporânea”, Horizontes Antropológicos, vol. 5, no. 11, 1999.
CARVALHO, José Jorge de. “Metamorfoses das tradições performáticas afro-brasileiras: de patrimônio cultural à indústria de entretenimento”, Série Antropologia, 354, Brasília, 2004.
CARVALHO, José Jorge de. “‘Espetacularização’ e ‘canibalização’ das culturas populares na América Latina”. Revista ANTHROPOLÓGICAS, ano 14, vol.21 (1): 39-76 (2010).

Sessão 8 (21 nov.): Música e diáspora negra, Estudos culturais
GILROY, Paul. “Jóias trazidas da servidão”: música negra e a política da autenticidade. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. 2 ed. São Paulo: Ed. 34, Rio de Janeiro, Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2012, p. 157-221.
HALL, Stuart. Que ‘negro’ é esse na cultura negra?. In SOVIK, Liv. (org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003, p. 335-349.
MENDONÇA, Luciana F. M. “Sociologia da música e Estudos Culturais. Contributos teórico metodológicos para o estudo das músicas populares contemporâneas”. Anais do XXXI Congresso da ANPPOM, 2021, p. 1-11.

Sessão 9 (28 nov.): Subculturas, Cenas musicais
FREIRE FILHO, João. “Das subculturas às pós-subculturas juvenis: música, estilo e ativismo político”. Contemporânea, v. 3, n. 1, 2005, p. 138-166.
HEBDIGE, Dick. Subcultura. O significado do estilo. Lisboa: Maldoror, 2018 (1979).
PEREIRA DE SÁ, Simone & Jeder Janotti Junior (orgs.). Cenas Musicais. São Paulo: Anadarco Editora, 2013.

Sessão 10 (5 dez.): Musicking, Performance, Ritual GRUNVALD, Vi. Terrorismos e pontes do musicar local: Linn da Quebrada e seu artivismo de reXistência e desidentificação. Revista de Antropologia, v. 6, n. 2, 2022.
MADRID, Alejandro L. “Dossier: Música y estúdios em performance”. Revista Trans, 13, 2009.
REILY, Suzel Ana. “O musicar local e a produção musical da localidade”. GIS, São Paulo, v. 6, n.1: e-185341, 2021

Sessão 11 (12 dez.): A abordagem pragmática de Antoine Hennion
GUERRA, Paula; Alix Didier Sarrouy & Marcília Dantas Brandão. “ANTOINE HENNION: música, mediação e amadores”. Estudos de Sociologia, v. 2 n. 25, 2019, p. 29.49.
HENNION, Antoine. “Reflexividades. A atividade do amador”, Estudos de Sociologia, v. 16, n. 1, 2010, p. 33-58.
HENNION, Antoine. “Pragmática do gosto”, Desigualdade & Diversidade – Revista de Ciências Sociais da PUC-Rio, n. 8, jan./jul. 2011, p. 253-277.
HENNION, Antoine. “Tocar, interpretar, escutar: praticar a música ou fazê-la agir?” Estudos de Sociologia, v. 2, n. 25, 2019, p. 7-28.

Sessão 12 (19 dez.): Síntese e discussão sobre o trabalho final

NB: As referências são indicativas e poderão ser sujeitas a mudança ao longo do curso.

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