Professora: Joana D`Arc Fernandes Ferraz
Linha de Pesquisa: Cultura, Território e Mudança Social.
Código da Disciplina: EGH10501
Ano/Semestre: 2021/1
Dia e horário: Quinta-feira, 14h às 17h
Local: Google Classroom
Ementa:
Este curso tem o objetivo de analisar construção social da memória e das subjetividades contemporâneas, a partir das questões relacionadas à memória da ditadura empresarial-militar brasileira.
Ementa: Memória como campo de estudos das Ciências Sociais. Memória e Identidade Nacional. Teoria da Memória. Memória, Esquecimento e Silêncio. Memória e Ressentimento. Disputas pela memória.Memória do futuro.
Formas de Avaliação:
Participação nos debates relacionados aos textos das aulas síncronas e trabalho de final de curso.
Planejamento das aulas:
Unidade 1: Teoria da Memória e o campo de estudos das Ciências Sociais
23/06 – Aula 1: apresentação do Curso Unidade I: A memória social como campo da teoria social
– Percepções sobre o passado Aula 2: 30/06 HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Centauro, 2004. Cap. 3. GAGNEBIN, Jeanne Marie. O preço de uma reconciliação extorquida. In O que resta da ditadura: a exceção brasileira. TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir (Orgs.). (Coleção Estado de Sítio) São Paulo: Boitempo, 2010. Pp.177-186. Aula 3: 07/07 SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. Memória Coletiva e Identidade Nacional. São Paulo: Anablume, 2013. Parte 1. JEUDY, Henri-Pierre. Memórias do Social. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1990. Cap. 4 Atividade assíncrona:filmes/documentários Memória Para Uso Diário, Beth Formaggini (Documentário, Brasil, 2007). Narradores de Javé, Drama, Brasil, 2003, 100 min., COR. Direção: Eliane Caffé Bibliografia complementar SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. Memória Coletiva e Teoria Social. Capítulos 1 e 2 São Paulo: Annablume, 2003. ARAÚJO, Maria Paula Nascimento; SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. História, Memória e Esquecimento: Implicações Políticas. 30º Encontro Anual da ANPOCS, 2006. Unidade II –Memória, Esquecimento e Silêncio – Zonas Cinzentas da Memória – Empresários e a ditadura Aula 4: 14/07 LEVI, Primo. Afogados e Sobreviventes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. Pp. 9-61 Aula 5: 21/07 pOLLAK, Michael. Memória, Esquecimento e Silêncio. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, Vol. 2. n. 3, 1989, p. 3-15 SAFATLE, Vladimir. Do uso da violência contra o Estado ilegal. In O que resta da ditadura: a exceção brasileira. TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir (Orgs.). (Coleção Estado de Sítio) São Paulo: Boitempo, 2010. Pp.177-186. Aula 6: 28/07 CAMPOS, Pedro Henrique. Empresários e Estado no Brasil na transição da ditadura para a democracia: o caso dos empreiteiros de obras públicas. História Unisinos22(3):478-489, Setembro/Outubro 2018. Atividade assíncrona:filmes/documentários O Dia que durou 21 Anos.Camilo Galli Tavares, 2013 Cidadão Boilesen – Um Dos Empresários Que Financiou A Tortura no Brasil”, Direção: Chaim Litewski. Documentário. Brasil, 2009.
Bibliografia complementar DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado; ação política, poder e golpe de classe. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 1981. IANNI, Octavio. A Ditadura do Grande Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. MENDONÇA, Sonia Regina de. “O Estado ampliado como ferramenta metodológica”. Marx e Marxismo. Vol. 2, no 2, jan/jul de 2014, p. 1-17. MELO, Jorge José de. Boilesen, um Empresário da Ditadura: a questão do apoio do empresariado paulista à Oban/Operação Bandeirantes. Dissertação de mestrado em História. Niterói: UFF, 2012. MOREL, Edmar. O Golpe Começou em Washington. 2ª ed. Jundiaí: Paco, 2014 [1965]. Unidade III: Memória e Ressentimento Aula 6: 04/08 NIETZSCHE, Friedrich. Primeira Dissertação: “Bom e mau” “bom e ruim”. In Genealogia da Moral: uma polêmica. São Paulo: Cia das Letras, 1998. Aula 7:11/08 GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar Escrever Esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006. Capítulos 4 e 7. Atividades assíncrona:filmes/documentários
Bibliografia complementar PASCHOAL, A. E. As Formas do Ressentimento na Filosofia de Nietzsche. Philósophos – Revista De Filosofia, 13(1), 2009. Pp. 11–33. BRESCIANI, M.S; NAXARA, Márcia. (Org.). Memória e (res) sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Editora da Unicamp, 2001. Unidade IV: Disputas pela memória Aula 8: 18/08 Crítica às políticas de conciliação COIMBRA, Cecília. Cinquenta anos depois. In VERVE: Revista Semestral do NU-SOL (Núcleo de Sociabilidade Libertária), São Paulo: PUC-SP. Nº 25 (Maio, 2014), pp. 33-46. Aula 9: 25/08 Políticas de memória FERRAZ, Joana D`Arc Fernandes. “Os desafios da preservação da memória da ditadura no Brasil”. In ABBREU, Regina; CHAGAS, Mario; SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. Museus, Coleções e Patrimônios: narrativas polifônicas. Rio de Janeiro: Graramond, MinC/IPHAN/DEMU, 2007. Aula 10: 01/09 Mulheres na ditadura TELES, Maria Amélia de Almeida. Violações dos direitos humanos das mulheres na ditadura. Rev. Estud. Fem., Florianópolis , v. 23, n. 3, p. 1001-1022, Dec. 2015. Aula 11: 08/09 Ditadura nas favelas ALVES, José Cláudio Souza. Religião, violência e poder político numa favela da Baixada Fluminense (RJ). In XXVII Encontro Anual da ANPOCS, 2003. BRUM, Mário. Ditadura civil-militar e favelas: estigma e restrições ao debate sobre a cidade (1969-1973). Cadernos Metrópole., 14(28), 3, 2013, pp. 57-379. Aula 12: 15/09 Arquivos da repressão CATELA, Ludmila da Silva. Territorios de la memoria política. Los Archivos de la represión em Brasil. In JELIN, Elizabeth; CATELA, Ludmila da Silva. (Comps) Los Archivos de la represión: Documentos, memoria y verdad. España (Madrid): Siglo XXI de España Editores, 2002. Cap. 2. Atividade assíncrona:filmes/documentários 15 filhos – Maria Oliveira e Marta Nehring (Documentário, Brasil, 1996.) Vou contar para os meus filhos – Direção: Tuca Siqueira. Documentário. Brasil, 2012. 24 min. Nossos Mortos Têm Voz – o filme. Direção e roteiro: Fernando Sousa & Gabriel Barbosa. Documentário, 2018. Brasil.
Bibliografia complementar JELIN, Elizabeth. Los trabajos de la memoria. Madrid: Siglo Veintiuno de españa editores, 2002. JEUDY, Henri-Pierre. Memórias do Social. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1990. Cap. 4 (O jogo das interpretações) HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela Memória. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000. ALVES, José Cláudio Souza. Dos barões ao extermínio: Uma história da violência na Baixada Fluminense. Rio de Janeiro: Consequência, 2019. FERRAZ, Joana D`Arc Fernandes e DANTAS, Cíntia Braga. O vôo Benjaminiano de Klee: 50 anos do Golpe na perspectiva das memórias, dos esquecimentos e dos silêncios. In: Revista Maracanan, nº 11, p. 126-137, dezembro, 2014. COIMBRA, Cecília. Comissão da Verdade: mais uma farsa, mais um engodo. In: CLASSE – Revista de Política e Cultura da ADUFF, n. 4, ano V, jan/fev/mar, 2012. _____________. Comissão Nacional da Verdade: acordos, limites e enfrentamentos. In: XIMENDES, Alexandra et al (org.). Entre Garantia de Direitos e Práticas Libertárias. Porto Alegre: Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, 2013. _______________.Eu não quero que o ódio seja o melhor de mim: lutar contra os microfascismos e afirmar a diferença que está no mundo. Mnemosine Vol.15, nº1, p. 405-436 (2019) – Biografia. SAFATLE, Vladimir; TELES, Edson. O que Resta da Ditadura. A Exceção Brasileira – Col. Estado de Sítio. São Paulo: Boitempo Editorial, 2015. Unidade V: Memória do Futuro Aula 13: 22/09 PELBART, Peter Pál. Da guerra civil. Arq. bras. psicol. [online], vol.70, n.spe, pp. 190-198, 2018. COIMBRA, Cecilia. Fragmentos de memórias malditas: invenção de si e de mundos. São Paulo: n-1, 2021 Vídeos comentados: Luiz Fuganti: Assim falou Zaratustra https://www.youtube.com/watch?v=ieFHDgwbmrE Luiz Fuganti: Aula aberta – DA REDENÇÃO Atividade assíncrona: vídeos-aula Amauri Ferreira: Bergson – A duração, 09/10/17 – https://www.youtube.com/watch?v=wosS21SIm2s Bibliografia complementar NIETZSCHE, Friedrich. Assim Falou Zaratustra. São Paulo: Cia de Bolso, 2018.
PELBART, Peter Pál. O Avesso do Niilismo. Cartografias do esgotamento. São Paulo: n-1 edições, 2ª edição, 2016 ___________________. Biopolítica e Brutalismo em Chave Estratégica. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, v. 17, p. 01-10, jan./dez. 2020. 22/09: Entrega do trabalho final e avaliação do curso. |
Os filmes e documentários propostos serão debatidos em atividades agendadas com o corpo discente. |
Bibliografia básica:
ALVES, José Cláudio Souza. Religião, violência e poder político numa favela da Baixada Fluminense (RJ). In XXVII Encontro Anual da ANPOCS, 2003.
_____________________. Dos barões ao extermínio: Uma história da violência na Baixada Fluminense. Rio de Janeiro: Consequência, 2019.
ARAÚJO, Maria Paula Nascimento; SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. História, Memória e Esquecimento: Implicações Políticas. 30º Encontro Anual da ANPOCS, 2006.
BRESCIANI, M.S; NAXARA, Márcia. (Org.). Memória e (res) sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Editora da Unicamp, 2001.
BRUM, Mário. Ditadura civil-militar e favelas: estigma e restrições ao debate sobre a cidade (1969-1973). Cadernos Metrópole., 14(28), 3, 2013, pp. 57-379.
CATELA, Ludmila da Silva. Territorios de la memoria política. Los Archivos de la represión em Brasil. In JELIN, Elizabeth; CATELA, Ludmila da Silva. (Comps) Los Archivos de la represión: Documentos, memoria y verdad. España (Madrid): Siglo XXI de España Editores, 2002. Cap. 2.
CAMPOS, Pedro Henrique. Empresários e Estado no Brasil na transição da ditadura para a democracia: o caso dos empreiteiros de obras públicas. História Unisinos22(3):478-489, Setembro/Outubro 2018.
COIMBRA, Cecília. Comissão da Verdade: mais uma farsa, mais um engodo. In: CLASSE – Revista de Política e Cultura da ADUFF, n. 4, ano V, jan/fev/mar, 2012.
_____________. Comissão Nacional da Verdade: acordos, limites e enfrentamentos. In: XIMENDES, Alexandra et al (org.). Entre Garantia de Direitos e Práticas Libertárias. Porto Alegre: Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, 2013.
__________________. Eu não quero que o ódio seja o melhor de mim: lutar contra os microfascismos e afirmar a diferença que está no mundo. Mnemosine Vol.15, nº1, p. 405-436 (2019) – Biografia.
__________________. Cinquenta anos depois. In VERVE: Revista Semestral do NU-SOL (Núcleo de Sociabilidade Libertária), São Paulo: PUC-SP. Nº 25 (Maio, 2014).
__________________. Fragmentos de memórias malditas: invenção de si e de mundos. São Paulo: n-1, 2021
DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado; ação política, poder e golpe de classe. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 1981.
FERRAZ, Joana D`Arc Fernandes. “Os desafios da preservação da memória da ditadura no Brasil”. In ABBREU, Regina; CHAGAS, Mario; SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. Museus, Coleções e Patrimônios: narrativas polifônicas. Rio de Janeiro: Graramond, MinC/IPHAN/DEMU, 2007.
FERRAZ, Joana D`Arc Fernandes e DANTAS, Cíntia Braga. O vôo Benjaminiano de Klee: 50 anos do Golpe na perspectiva das memórias, dos esquecimentos e dos silêncios. In: Revista Maracanan, nº 11, p. 126-137, dezembro, 2014.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. O preço de uma reconciliação extorquida. In
In O que resta da ditadura: a exceção brasileira. TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir (Orgs.). (Coleção Estado de Sítio) São Paulo: Boitempo, 2010.
__________________. Lembrar Escrever Esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006.
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Centauro, 2004. Cap. 3.
IANNI, Octavio. A Ditadura do Grande Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela Memória. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.
JELIN, Elizabeth. Los trabajos de la memoria. Madrid: Siglo Veintiuno de españa editores, 2002.
JEUDY, Henri-Pierre. Memórias do Social. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1990.
LEVI, Primo. Afogados e Sobreviventes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. Pp. 9-61
MENDONÇA, Sonia Regina de. “O Estado ampliado como ferramenta metodológica”. Marx e Marxismo. Vol. 2, no 2, jan/jul de 2014.
MELO, Jorge José de. Boilesen, um Empresário da Ditadura: a questão do apoio do empresariado paulista à Oban/Operação Bandeirantes. Dissertação de mestrado em História. Niterói: UFF, 2012.
MOREL, Edmar. O Golpe Começou em Washington. 2ª ed. Jundiaí: Paco, 2014 [1965].
NIETZSCHE, Friedrich. Assim Falou Zaratustra. São Paulo: Cia de Bolso, 2018.
__________________. Primeira Dissertação: “Bom e mau” “bom e ruim”. In Genealogia da Moral: uma polêmica. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
PASCHOAL, A. E. As Formas do Ressentimento na Filosofia de Nietzsche. Philósophos – Revista De Filosofia, 13(1), 2009.
PELBART, Peter Pál. O Avesso do Niilismo. Cartografias do esgotamento. São Paulo: n-1 edições, 2ª edição, 2016
___________________. Biopolítica e Brutalismo em Chave Estratégica. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, v. 17, p. 01-10, jan./dez. 2020
___________________. Da guerra civil. Arq. bras. psicol. [online], vol.70, n.spe, pp. 190-198, 2018.
pOLLAK, Michael. Memória, Esquecimento e Silêncio. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, Vol. 2. n. 3, 1989
SAFATLE, Vladimir. Do uso da violência contra o Estado ilegal. In O que resta da ditadura: a exceção brasileira. TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir (Orgs.). (Coleção Estado de Sítio) São Paulo: Boitempo, 2010. Pp.177-186.
SAFATLE, Vladimir; TELES, Edson. O que Resta da Ditadura. A Exceção Brasileira – Col. Estado de Sítio. São Paulo: Boitempo Editorial, 2015.
SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. Memória Coletiva e Teoria Social. Capítulos 1 e 2 São Paulo: Annablume, 2003.
SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. Memória Coletiva e Identidade Nacional. São Paulo: Anablume, 2013.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Violações dos direitos humanos das mulheres na ditadura. Rev. Estud. Fem., Florianópolis , v. 23, n. 3, p. 1001-1022, Dec. 2015.
Filmes
Cidadão Boilesen – Um Dos Empresários Que Financiou A Tortura no Brasil”, Direção: Chaim Litewski. Documentário. Brasil, 2009.
Hércules 56, de Silvio Da-Rin (Brasil, 2006)
Memória Para Uso Diário, Beth Formaggini (Documentário, Brasil, 2007).
Narradores de Javé, Direção: Eliane Caffé. Drama, Brasil, 2003
Nossos Mortos Têm Voz – o filme. Direção e roteiro: Fernando Sousa & Gabriel Barbosa. Documentário, 2018. Brasil.
O Dia que durou 21 Anos.Direção: Camilo Galli Tavares, 2013
Vou contar para os meus filhos. Direção: Tuca Siqueira. (Documentário. Brasil, 2012. 24 min.)
15 filhos. Maria Oliveira e Marta Nehring (Documentário, Brasil, 1996.)
Atividade assíncrona: vídeos-aula
Luiz Fuganti: Assim falou Zaratustra
https://www.youtube.com/watch?v=ieFHDgwbmrE
Luiz Fuganti: Aula aberta – DA REDENÇÃO
Amauri Ferreira: Bergson – A duração, 09/10/17 –